Mais dois dias neste magnifico país! Algo a contar? IMENSO!
Anteontem depois de eu actualizar o blog fomos para o jantar oficial de erasmus. Foi excelente, provámos várias entradas típicas, durante 3h não pararam de nos servir, e o prato principal foi peixe. Haviam 4 tipos de peixe então eu, uma turca, a francesa e um americano decidimos pedir cada um um tipo diferente e depois dividimos. É fácil dividir porque cada prato principal é só carne ou só peixe, não há qualquer acompanhamento. Obviamente o jantar não foi só comida, havia também muito álcool, desde o 'rácoo' (não é assim que se escreve mas é assim que se ouve) que é um licor turco parecido com anís mas muito muito mais forte, mesmo depois de misturado com água (é mesmo suposto misturar) e que é horrivel, passando pela cerveja turca que quanto a mim é tão má como qualquer outra, chegando finalmente ao vinho que foi o que me deixou no estado em que fiquei. Mesmo depois de gregar duas vezes, ainda andei a tomar conta de um mentor e de uns quantos outros. É nestas alturas que tenho saudades da Vanda LOL (ok, não é só nestas!).
Ontem foi um dia muito cheio. Durante a manhã visitámos monumentos, à tarde visitamos bazares e zonas comerciais típicas e a noite foi em grande.
Vou começar pela parte cultural:
Começámos por Sultanhamet, vimos o Blue Mosque, uma magnífica mesquita, aliás, a segunda mais importante do mundo, sendo que a mais importante é a de Meca. Quando foi construído, o sultão que a mandou fazer decidiu que esta havia de ter 6 torres, o que não foi bem aceite pela comunidade islâmica pois 6 era o número de torres que a de Meca tinha e não lhe ficava bem desafiar assim o poder do chefe supremo da sua comunidade. Como esse sultão gostava muito do seu projecto arquitectónico, não o alterou, preferindo pagar a construção de uma sétima torre em Meca. Gosto da forma como este povo resolve as situações.
A seguir fomos até à Hagia Sophia, o monumento mais importante da Turquia, é imediatamente à frente do Blue Mosque. Quando Istambul foi conquistada pelos arabes, esta era uma igreja. Ao contrário de todas as outras igrejas que por aqui havia, esta por ser tão grandiosa e valiosa foi poupada de ser destruída, tendo sido remodelada e transformada numa mesquita. Recentemente, o seu passado tem-se vindo a revelar novamente - as decorações islâmicas cederam e começou-se a poder ver imagens de Jesus Cristos e outros santos nas paredes. Sim, há islâmicos que ainda lá vao fazer as suas orações mas não deve ser muito confortavel para eles fazê-las num sitio com imagens de Jesus, digo eu. De qualquer forma, hoje em dia é só praticamente usada como museu, tipo os Jerónimos, não serve para nada senão para os turistas visitarem. Há que lembrar que na entrada para a Hagia Sophia encontrei o Chico, o outro rapaz da faculdade que está de erasmus na parte asiática de Istambul.
Almoçámos num restaurante muito típico cujo único prato são almondegas turcas (de borrego), pelo que tive que me ficar por umas saladas e sopas - tenho a dizer que as sopas são uma das melhores coisas neste país, são realmente fenomenais!!
Depois de almoço fomos visitar uma cisterna subterrânea chamada Cisterna da Basílica. Sim, subterrânea. Foi descoberta apenas há pouco tempo, algures no séc. XX durante a primeira guerra mundial. Estava um pouco distraído mas, pelo que me pareceu ouvir, foi descoberta porque um dia, um homem (louco, aposto) decidiu estender uma cana da sua janela e ficar a espera de apanhar um peixe. A linha deve-se ter enfiado nalgum buraco e, o que interessa é que o homem apanhou um peixe! Isso desencadeou uma investigação enorme e lá se descobriu a basílica, que remota aos tempos em que isto ainda era católico.
Em seguida fomos visitar o Grand Bazaar, uma mega mercado, tão grande que sou capaz de dizer que cabem dois colombos lá dentro, onde o espírito que reina é a negociação. Nada lá é autêntico mas tudo tem uma marca, desde Channel até Converse.
Em seguida, metêmo-nos novamente no autocarro e fomos até Üsküdar, uma pequena localidade cujo maior atractivo são as lojas de acessórios, os bares e os cafés. Fica em Beşiktaş, provavelmente a zona mais agradável e o melhor sítio para apanhar o barco para o lado asiático ou apenas para estacionar o iate (o que me parece ser uma moda frequente por aqui). Lá provei café turco, que não é muito bom e cuja maior utilidade é que dá para prever o nosso futuro nos restos que ficam na chávena (sim, porque não há filtros, é pura fervura como o chá), fumei narguilé, um cachimbo de água com tabaco com sabores, parecido com chicha mas muito melhor, fumei melão, maçã verde, morango e cereja. Por falar em fumar, dirigi-me a um quiosque e pedi ao homem o tabaco mais barato que tivesse. Custou tipo €1,25 e é praticamente igual ao meu pall mall (que é a marca mais vendida por cá, não sendo das mais baratas), o que é óptimo mas, depois, vim a saber que aquela é a marca que os homens mais conservadores e machistas fumam e que é conhecida como uma marca muito forte. Estranho... Ainda comi uma espécie de batata recheada com milho, couve rocha, pickles e algo que ainda não parei de comer desde que aqui cheguei, molho picante - foi uma dor de cabeça porque eles comem aquilo com queijo e primeiro que o homem percebesse que eu queria sem queijo foi necessário um grande esforço.
Depois de tudo isto e apesar de estarmos muitos cansados, reunimos os mais corajosos e fomos até Taksim, o bairro alto cá do sítio. Tivemos num bar a beber tequillas e shots de vodka, perdemos metado do grupo, tendo cada metade ido para uma discoteca diferente. A nossa discoteca era giríssima, um pouco pequena mas com três pisos, obviamente fomos para o último, tomámos conta do bar e ficámos num belo estado. Quando dei por mim estava a rebolar com duas americanas ao mesmo tempo! Foi engraçado... Entretanto os turcos que estavam connosco foram para casa e ficamos só os estrangeiros. A nossa sorte é que estávamos com uma alemã que sabe turco senão não voltávamos para casa. Fomos até à praça de Taksim, que é tipo o Rossio, talvêz maior até, e apanhámos um táxi. Perguntamos ao motorista se podiamos ir os 6 e ele disse que sim. Então eram 2 no banco da frente e 4 atrás. Rimos durante a viagem toda, que ainda demorou uns 35/45min. Há videos da viagem que depois porei aqui, tal como fotos do dia inteiro.
Hoje o dia foi uma seca pois só acordei às 13h30. Tomei o pequeno almoço e cozinhei para o jantar. Consegui encontrar uns hamburgueres de frango no supermercado do campus mas acho que tenho que ir novamente ao Carrefour. Nada de preocupante, já tenho algum atum de reserva, não é Inês?! ;)
Vá, beijinhos e abraços a todos, continuem a ler e obrigado pela paciência!!
P.S.: Continuo sozinho no quarto! Eheh..
domingo, 27 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Crazy people
Finalmente tenho net, tava dificil.
Finalmente cá estou em Istambul, desde as 0h de ontem (dia 24), para vocês 22h.
Quanto a viagem, não há muito para contar até ao momento em que cheguei cá:
Cheguei ao aeroporto e procurei alguem com um papel a dizer 'koç university' ou algo do genero e nada! A pior parte é que, ao contrario do que vi em londres, as pessoas que esperavam quem chegava não estavam simplesmente em pé à espera, tavam num grande MOCHE tipo um concerto de metal e todos gritavam dialectos para mim estranhos e eu não percebia nada, nem sequer conseguia ouvir fosse o que fosse.
Esperei 20min., voltei a passar e nada. Procurei o posto de informações para lhes pedir para chamarem no microfone quem supostamente me ia buscar (a univ. contratou algumas empresas privadas para nos ir buscar ao aeroporto) mas vi a banca dos cambios e fui pra lá invés de ir às informações. Troquei o dinheiro e voltei a procurar. Quando encontrei, estava na fila de espera e ouvi o meu nome a ser chamado no micro, com um sotaque meio espanhol mas era o meu nome, ali estava o homem que me ia buscar. Tentámos comunicar mas foi impossivel, nem inglês, nem francês, nem espanhol, nada! Apenas turco .. Depois, através de gestos, mandou-me sentar lá fora à espera e eu ali fiquei, no meio de uma enorme núvem de gente.
Passados 10min. apareceu com uma mulher e uma criança de colo. Tentou comunicar outra vez e foi novamente impossivel. Esperámos mais um bom bocado e finalmente apareceu um carro, um opel corsa branco de 90 e pouco. Pusemos as malas na bagageira e mandaram-me entrar, para o lugar da frente. Olhei para o espelho do meu lado e tava desfeito em cacos. Comecei a entrar em panico, eu estava num carro completamente cheio de gente estranha que não falava nenhuma das 4 línguas que eu entendo, carro esse a cair aos bocados, com espelhos defeitos...?! Andamos 100m e pediram-me o dinheiro. Tentei discretamente tirar 40TL do meu maço de notas com quase 500TL mas o minimo que encontrei foi uma nota de 100, teve que ser, dei-a ao condutor. Para meu alivio, ele parou numa bomba de gasolina, entrou e trocou a nota por notas mais pequenas e deu-me as 60TL de troco.
Acalmei por uns instantes até que, na autoestrada, o condutor se enganou no caminho e os outros começaram a gritar (eles só comunicam aos gritos). Isto não é muito assustador mas, se eu vos disser que ele fez marcha atrás na autoestrada por uns 150m até ir de encontro à saída pela qual deveria ter ido, já assusta, não?!
Felizmente cheguei ao campus inteiro. Levaram-me a um dos gabinetes administrativos e deram-me um quarto. Tive sorte, estou no unico edificio com wireless, tenho uma casa de banho ao lado do quarto, que é dos maiores, e é o edificio com mais erasmus (rapazes, há edificios diferentes para sexos diferentes). Já agora, uma breve explicação, ao todo há cerca de 20 edificios (dormitórios), cada um alberga cerca de 100 pessoas, excepto o meu que alberga quase 200. Por enquanto estou sozinho, o meu companheiro turco só deve chegar no domingo visto que as aulas só começam na segunda (quem me dera que não viesse, estou tão bem assim, abdicar da privacidade dentro do quarto ser-me-á muito estranho, é o meu cantinho, onde posso estar mais à-vontade e falar português comigo mesmo para não destreinar).
Uma vez no campus, tentei conhecer alguém. Nenhuma alma viva aparecia por aqui. Quando finalmente tava deitado a tentar dormir ouvi umas pessoas a passar à minha porta, falavam inglês. Levantei-me e fui atrás deles (em pijama). Eram dois americanos, uma rapaz e uma rapariga, deram-me algumas informações úteis e no dia seguinte levaram-me ao Exchange Center, onde tinhamos muito a tratar.
Depois de 2h de espera no Exchange Center, chegou a minha mentora. É uma turca que também estuda economia que decidiu ser Exchange Mentor devido à má experiência que teve na Universidade do Nevada, onde passou um semestre inteiro sem conhecer ninguém. Passei o dia com ela e os seus outros mentees, uma francesa e uma americano (do Nevada LOL) a tratar de tudo o que tinhamos a tratar. Hoje tenho praticamente tudo feito, apenas irei a Saryer mais tarde tentar comprar alguma loiça e um telémovel (dentro de 7/8 dias o roamming deixará de funcionar, o meu numero turco será o +90 b531 523 19 77, podem comunicar para lá, custa dinheiro mas pouco).
Quanto aos erasmus (será preferivel chamar-lhe exchange students pois a maior parte são de fora da europa), cerca de 75% são americanos, há ainda uns quantos italianos, sobretudo da Bocconi e, de resto somos 1 português, 2 espanhóis, 2 franceses, 1 britânico, 3 'singapurenses', 2/3 canadianos, 1 vietnamita, 2 alemães, etc. Está a ser giro, muito giro mesmo, tenho gostado imenso dos exchange, os mentores são altamente, super prestáveis.
Os problemas:
- Quase nenhum funcionário percebe inglês mas com gestos e ajuda dos mentores temo-nos arranjado;
- A zona de bares mais próxima fica a mais de uma hora de caminho;
- Ainda não parei de gastar dinheiro;
- As refeições são caras e nem sempre boas (o almoço de ontem era excelente, comi um prato óptimo de frango e mais umas saladas óptimas, o jantar de ontem foi razoável, não pude comer carne nem peixe porque não havia nada de que eu gostasse mas comi vários pratos vegetarianos - aqui não há UM prato como em Portugal, há vários pratinhos pequenos - mas, hoje ao almoço, novamente não avia carne de que gostasse, voltei a agarrar vários vegetais mas não gostei de nada, fiquei por um pedaço de macarrão com tomate que havia na secção das saladas);
- Quase não há estudantes de economia entre os exchange, a maior parte é de administração/gestão, engenharia e relações internacionais;
- Já quase não penso em português, o que me parece algo mau;
- Não há álcool à venda no campus e mesmo que compremos fora não o podemos trazer para os dormitórios;
- Os europeus acham tudo muito barato, portanto tenho que me socorrer nos americanos que são tão ou mais forretas que eu.
Ainda não tenho fotografias mas quando tiver prometo que as ponho cá. Vou tentar escrever o máximo de dias possíveis.
Hoje tenho um jantar de exchange students numa aldeia aqui perto, aposto que vai ser divertido, só espero conseguir comer alguma coisa (até porque me vai custar uns 20€).
Por aqui me despeço, vão comentando e dando notícias, por enquanto o telémovel ainda recebe mensagens e vocês não pagam nada por mandar (se forem 91, claro).
Beijos e abraços,
şimdiye kadar!
Finalmente cá estou em Istambul, desde as 0h de ontem (dia 24), para vocês 22h.
Quanto a viagem, não há muito para contar até ao momento em que cheguei cá:
Cheguei ao aeroporto e procurei alguem com um papel a dizer 'koç university' ou algo do genero e nada! A pior parte é que, ao contrario do que vi em londres, as pessoas que esperavam quem chegava não estavam simplesmente em pé à espera, tavam num grande MOCHE tipo um concerto de metal e todos gritavam dialectos para mim estranhos e eu não percebia nada, nem sequer conseguia ouvir fosse o que fosse.
Esperei 20min., voltei a passar e nada. Procurei o posto de informações para lhes pedir para chamarem no microfone quem supostamente me ia buscar (a univ. contratou algumas empresas privadas para nos ir buscar ao aeroporto) mas vi a banca dos cambios e fui pra lá invés de ir às informações. Troquei o dinheiro e voltei a procurar. Quando encontrei, estava na fila de espera e ouvi o meu nome a ser chamado no micro, com um sotaque meio espanhol mas era o meu nome, ali estava o homem que me ia buscar. Tentámos comunicar mas foi impossivel, nem inglês, nem francês, nem espanhol, nada! Apenas turco .. Depois, através de gestos, mandou-me sentar lá fora à espera e eu ali fiquei, no meio de uma enorme núvem de gente.
Passados 10min. apareceu com uma mulher e uma criança de colo. Tentou comunicar outra vez e foi novamente impossivel. Esperámos mais um bom bocado e finalmente apareceu um carro, um opel corsa branco de 90 e pouco. Pusemos as malas na bagageira e mandaram-me entrar, para o lugar da frente. Olhei para o espelho do meu lado e tava desfeito em cacos. Comecei a entrar em panico, eu estava num carro completamente cheio de gente estranha que não falava nenhuma das 4 línguas que eu entendo, carro esse a cair aos bocados, com espelhos defeitos...?! Andamos 100m e pediram-me o dinheiro. Tentei discretamente tirar 40TL do meu maço de notas com quase 500TL mas o minimo que encontrei foi uma nota de 100, teve que ser, dei-a ao condutor. Para meu alivio, ele parou numa bomba de gasolina, entrou e trocou a nota por notas mais pequenas e deu-me as 60TL de troco.
Acalmei por uns instantes até que, na autoestrada, o condutor se enganou no caminho e os outros começaram a gritar (eles só comunicam aos gritos). Isto não é muito assustador mas, se eu vos disser que ele fez marcha atrás na autoestrada por uns 150m até ir de encontro à saída pela qual deveria ter ido, já assusta, não?!
Felizmente cheguei ao campus inteiro. Levaram-me a um dos gabinetes administrativos e deram-me um quarto. Tive sorte, estou no unico edificio com wireless, tenho uma casa de banho ao lado do quarto, que é dos maiores, e é o edificio com mais erasmus (rapazes, há edificios diferentes para sexos diferentes). Já agora, uma breve explicação, ao todo há cerca de 20 edificios (dormitórios), cada um alberga cerca de 100 pessoas, excepto o meu que alberga quase 200. Por enquanto estou sozinho, o meu companheiro turco só deve chegar no domingo visto que as aulas só começam na segunda (quem me dera que não viesse, estou tão bem assim, abdicar da privacidade dentro do quarto ser-me-á muito estranho, é o meu cantinho, onde posso estar mais à-vontade e falar português comigo mesmo para não destreinar).
Uma vez no campus, tentei conhecer alguém. Nenhuma alma viva aparecia por aqui. Quando finalmente tava deitado a tentar dormir ouvi umas pessoas a passar à minha porta, falavam inglês. Levantei-me e fui atrás deles (em pijama). Eram dois americanos, uma rapaz e uma rapariga, deram-me algumas informações úteis e no dia seguinte levaram-me ao Exchange Center, onde tinhamos muito a tratar.
Depois de 2h de espera no Exchange Center, chegou a minha mentora. É uma turca que também estuda economia que decidiu ser Exchange Mentor devido à má experiência que teve na Universidade do Nevada, onde passou um semestre inteiro sem conhecer ninguém. Passei o dia com ela e os seus outros mentees, uma francesa e uma americano (do Nevada LOL) a tratar de tudo o que tinhamos a tratar. Hoje tenho praticamente tudo feito, apenas irei a Saryer mais tarde tentar comprar alguma loiça e um telémovel (dentro de 7/8 dias o roamming deixará de funcionar, o meu numero turco será o +90 b531 523 19 77, podem comunicar para lá, custa dinheiro mas pouco).
Quanto aos erasmus (será preferivel chamar-lhe exchange students pois a maior parte são de fora da europa), cerca de 75% são americanos, há ainda uns quantos italianos, sobretudo da Bocconi e, de resto somos 1 português, 2 espanhóis, 2 franceses, 1 britânico, 3 'singapurenses', 2/3 canadianos, 1 vietnamita, 2 alemães, etc. Está a ser giro, muito giro mesmo, tenho gostado imenso dos exchange, os mentores são altamente, super prestáveis.
Os problemas:
- Quase nenhum funcionário percebe inglês mas com gestos e ajuda dos mentores temo-nos arranjado;
- A zona de bares mais próxima fica a mais de uma hora de caminho;
- Ainda não parei de gastar dinheiro;
- As refeições são caras e nem sempre boas (o almoço de ontem era excelente, comi um prato óptimo de frango e mais umas saladas óptimas, o jantar de ontem foi razoável, não pude comer carne nem peixe porque não havia nada de que eu gostasse mas comi vários pratos vegetarianos - aqui não há UM prato como em Portugal, há vários pratinhos pequenos - mas, hoje ao almoço, novamente não avia carne de que gostasse, voltei a agarrar vários vegetais mas não gostei de nada, fiquei por um pedaço de macarrão com tomate que havia na secção das saladas);
- Quase não há estudantes de economia entre os exchange, a maior parte é de administração/gestão, engenharia e relações internacionais;
- Já quase não penso em português, o que me parece algo mau;
- Não há álcool à venda no campus e mesmo que compremos fora não o podemos trazer para os dormitórios;
- Os europeus acham tudo muito barato, portanto tenho que me socorrer nos americanos que são tão ou mais forretas que eu.
Ainda não tenho fotografias mas quando tiver prometo que as ponho cá. Vou tentar escrever o máximo de dias possíveis.
Hoje tenho um jantar de exchange students numa aldeia aqui perto, aposto que vai ser divertido, só espero conseguir comer alguma coisa (até porque me vai custar uns 20€).
Por aqui me despeço, vão comentando e dando notícias, por enquanto o telémovel ainda recebe mensagens e vocês não pagam nada por mandar (se forem 91, claro).
Beijos e abraços,
şimdiye kadar!
terça-feira, 22 de setembro de 2009
A big step for a man
Despedidas concluídas, abraços entregues, algumas lágrimas corridas, saudades a acumular...

Maria, Paula, André Faria, Constança, Jéssica, Gerson, Inês Pereira, Dora, André Nasciso, João Lima, Luís Veloso, Saraiva, Hélia, Arteiro, Hugo, Whanon, Lígia, Raquel, Vanda, Rita Abrantes, Tiago e Geni

Sofia, Leonor e Béu

Loic (improvisado à última da hora lol)

Inês, Inês Carvalho e Deodato
Custa derrepente dizer 'até já' a tudo e todos. Antes de mais é estranho porque nunca tive tanto tempo afastado do meu mundo e a minha consciência ainda não consegue ir além de uma semana ou duas. Um semestre vai muito além daquilo de que me consigo mentalizar. Espero que não custe tanto como temo.
Enfim...
Agenda para amanhã:
6h15 - Check-in em Lisboa
8h15 - Partida para Londres
10h55 - Chegada a Londres
17h25 - Partida para Istambul
23h15 (1h15 de Portugal) - Chegada a Istambul
Em Istambul um autocarro de uma empresa chamada 'Ideal Transportation Services' estará lá à minha espera (exacto, vou apenas eu, sou o único a chegar perto dessa hora). Será que vai estar com um cartaz a dizer algo que eu possa identificar ou estará num parque de estacionamento apenas entre mil e dois outros autocarros, todos irritantemente idênticos? A ver vamos...
Quanto a despedidas, consegui estar com praticamente todos aqueles que pretendia, infelizmente alguns não pôde ser a sós mas foi bom ;)
E presentes... Alguns e muito bons, seguem em fotografia!! ;)
Maria, Paula, André Faria, Constança, Jéssica, Gerson, Inês Pereira, Dora, André Nasciso, João Lima, Luís Veloso, Saraiva, Hélia, Arteiro, Hugo, Whanon, Lígia, Raquel, Vanda, Rita Abrantes, Tiago e Geni
Sofia, Leonor e Béu
Loic (improvisado à última da hora lol)
Inês, Inês Carvalho e Deodato
Obrigado a todos estes e muitos mais, a sério, obrigado mesmo!
E pronto, cá vou eu dormir para às 4h30 acordar...
Dêem todos notícias!
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
14 dias
Faltam exactamente 14 dias para a minha partida. O que sinto? O drama. Estou completamente nervoso e asfixiado, tenho medo. Mas ao mesmo tempo, tenho uma enorme vontade e excitação, quero imenso ir.
O trade-off a gerir é fortissimo. Muito me prende cá mas a vontade de mudar e crescer grita mais alto. É isto que quero.
Preparativos em atraso: o seguro de saúde (sim, não posso ir para um país árabe e arriscar-me a não ter assistência médica) e o cartão de crédito (que funcione lá). Provavelmente mais uns quantos dos quais não me lembro. Malas? Não me falem em malas, todos me falam em malas. Ainda não sou capaz de empacotar nada. Em primeiro lugar ainda não sei como vou enfiar 6 meses de vida numa mala de 23kg, em segundo lugar, ao fazer a mala sentirei que já estou meio fora deste mundo do qual me vai custar tanto a despedir.
Para os mais curiosos:
A minha faculdade - Koç University:
http://www.ku.edu.tr/
Aconselho especialmente o vídeo:
www.ku.edu.tr/ku/index.php?option=com_content&task=view&id=817&Itemid=182
Ainda volto a falar antes da partida. Entretanto vou ocupar-me a gerir o turbilhão de emoções que tenho andado a enfrentar.
Ah, dia 17, não se esqueçam, a minha mega festa de despedida. Está no fbook para quem ainda não sabe.
O trade-off a gerir é fortissimo. Muito me prende cá mas a vontade de mudar e crescer grita mais alto. É isto que quero.
Preparativos em atraso: o seguro de saúde (sim, não posso ir para um país árabe e arriscar-me a não ter assistência médica) e o cartão de crédito (que funcione lá). Provavelmente mais uns quantos dos quais não me lembro. Malas? Não me falem em malas, todos me falam em malas. Ainda não sou capaz de empacotar nada. Em primeiro lugar ainda não sei como vou enfiar 6 meses de vida numa mala de 23kg, em segundo lugar, ao fazer a mala sentirei que já estou meio fora deste mundo do qual me vai custar tanto a despedir.
Para os mais curiosos:
A minha faculdade - Koç University:
http://www.ku.edu.tr/
Aconselho especialmente o vídeo:
www.ku.edu.tr/ku/index.php?option=com_content&task=view&id=817&Itemid=182
Ainda volto a falar antes da partida. Entretanto vou ocupar-me a gerir o turbilhão de emoções que tenho andado a enfrentar.
Ah, dia 17, não se esqueçam, a minha mega festa de despedida. Está no fbook para quem ainda não sabe.
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